Da Escravidão ao Bolsa-Família

A ESCRAVIDÃO.
Comecemos com uma pergunta:
-Por que a nossa população carente é tão numerosa? São mais de 40 milhões de pessoas, em um universo de cento e noventa.
A explicação pode ser encontrada na escravidão que habitou entre nós. Inacreditavelmente, a maior escravidão jamais vista em qualquer país1: pelo número de escravos, pelo seu tempo de duração e por sua representatividade na economia colonial brasileira. Nenhum país do mundo teve mais de 90% de sua produção em mãos cativas por mais de três séculos seguidos. Nem o Império Romano.

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16 respostas para Da Escravidão ao Bolsa-Família

  1. Caro Fidencio, acabo de ler e imprimir seu último artigo para reler sempre pois é um trabalho de pesquisa ,muito agradável de se ler, -linguagem fluida e limpa-,rico em detalhes historicos ,um objeto cuidadoso de estudo e consultas futuras sobre este fascinante e triste episodiodo qual o Brasil guarda profubdas cicatrizes e ráizes constantemente presentes na cultura e na tradição,atravessando séculos.Este assunto é absolutamente necessario ser observado, estudado e compreendido para se entender os problemas contemporaneos de osso país,ùtil para todos -educadores ,estudioso ,intelectuais e leitores em geral.Agradeço-lhe a oportunidade de estar em comtato com seu blog MÃE ÁFRICA, onde através de ses artigos ,tenho aumentado meus conhecimentos e,aprendendo a me interessar ainda mais por esta importante influencia na formação de nossa ciiltura sob todos os apectos.Parabens,Mantenha esta atividade que considero de utilidade pública na educação e informação de uma sociedade muito distante do interesse pela nossa história e pelo aprofundamento de uma cultura geral que vai dando lugar à cultura supterficial que não responde as atuais e complexas questões politicas e sociais.Gostei muito de sua aborfagem e,seu artigo taõ oportuno.Abraços.

  2. Fidencio Maciel disse:

    Maria Lúcia, muito obrigado pelo elogio. Sempre peço aos leitores a critica porque a matéria é controversa e a gente nunca consegue ver todas as faces da questão analisada. Conto com a minha preciosa leitora. Obrigado.

  3. IVAN PINTO disse:

    Referencia: Da Escravidão ao Bolsa Família
    Prezado Fidencio,

    não é este o momento de critica-lo… Devo confessar que seu artigo é o mais lúcido e imparcial julgamento sobre a realidade brasileira que li nos últimos anos.
    Vc me faz associar suas idéias com as de Celso Furtado junto com as de Raul Prebitsch(?) sobre “os países denominados periféricos e os países denominados centrais.”
    Estou encantado com a sua maneira de escrever e sua capacidade de síntese e interconexão dos fatos.

    Fidencio,

    gostaria muito de poder falar com vc. Vc pode me dar o seu telefone ou me ligar? 31 9721-1945 .

    Um abraco fraternal e que o Espirito Santo sopre sobre sua cabeca e de sua familia sempre.

    Ivan Pinto

  4. IVAN PINTO disse:

    Prezado Fidencio,

    não é este o momento de critica-lo… Devo confessar que seu artigo é o mais lúcido e imparcial julgamento sobre a realidade brasileira que li nos últimos anos.
    Vc me faz associar suas idéias com as de Celso Furtado junto com as de Raul Prebitsch(?) sobre “os países denominados periféricos e os países denominados centrais.”
    Estou encantado com a sua maneira de escrever e sua capacidade de síntese e interconexão dos fatos.

    Fidencio,

    gostaria muito de poder falar com vc. Vc pode me dar o seu telefone ou me ligar? 31 9721-1945 .

    Um abraco fraternal e que o Espirito Santo sopre sobre sua cabeca e de sua fam[ilia sempre.

    Ivan Pinto

  5. Peço aos leitores que leiam e critiquem. Muitos tem receio de criticar. Não fiquem receosos. E, se gostarem, indiquem.

  6. Márcia Maciel de Freitas disse:

    Há de convir que seu artigo nos leva a uma reflexão profunda da evolução de nosso sistema social. Onde um vitimado da pobreza conseguiu pelo menos plantar algo que poderá surtir efeito positivo com o passar dos anos. Pois afinal, digamos que pobreza pouca não existe. A verdade é que a miséria não campeia mais na nossa sociedade, a fome não embaça mais as nossas vistas, e assim, podemos nos sentir menos incomodados. Até fazer de conta que acreditamos que foi experiência de vida que levou tal cidadão a tão belo ato e não interesses políticos. Seja o que for, o que se vê, é que este cidadão soube ler a mensagem , aprender com o sofrimento e dar a cartada certa na hora certa. Há quem diga que: “o mundo é dos espertos”.

  7. Fidencio Maciel disse:

    Marcia,
    gostei de ler seu comentário. Muito inteligente. Se o meu artigo “nos leva a uma reflexão profunda”, como você disse, já me sinto recompensado. Não sei se o BOLSA-FAMILIA vai dar certo. Mas sei que não temos alternativa. Nenhuma grande economista deu alternativa. O capitalismo não existe para ajudar os desvalidos. Os nossos ricos custam ao governo brasileiro muito mais do que nossos carentes. Obrigado por se manifestar. Queria que você pudesse ler A IMPUNIDADE, neste blog. Obrigado.

  8. Thaís Simões de Freitas disse:

    Oi pai!
    O artigo está maravilhoso.

    Tiveram alguns pontos que me chamaram a atenção. Por exemplo quando escreve: a fome gera…isso, isso, aquilo….
    A FOME pode gerar atraso intelectual/mental. Uma criança bem nutrida desnvolve suas capacidades motoras e intelectuais enquanto que uma crainça que não tem os nutrientes necessários e também sua mãe pode comprometer seu desenvolvimento intelectual.
    A falta de esudo gera ignorância. Ignorância e´algo mal entendido pela sociedade privilegiada, isto e´pala elite.

    As pessoas comentam: que ignorância!!!
    Que covardia comparar uma pessoa que não teve acesso ao conhecimento a alguém que não teve acesso! Como se ignorância fosse uma escolha, ou uma falha da pessoa…e não do sistema.

    Acho isso absurdo. (Você comenta também sobre os pais ignorantes.)

    Acho que o contrário da ignorância e´o conhecimento. Mas o conhecimento em um sentido mais amplo: a consciêntização. Uma pessoa ignorante não tem consciência de si mesmo, da sociedade. A classe média sofre mais por causa da consciência. Marina Silva diz que ser alfabetizado não e´simplesmente aprender a escrever…e´aprender a intrepretar a realidade. Concordo com ela!

    Vamos falar um pouco sobre a função da escola:

    A educação escolar de qualidade não se trata de transmitir conhecimento apenas, aprender matemática ou português. (na área intelectual). Trata-se de aprender a se relacionar, acredito que a maior contribuição da escola e´ a socialização. Aprender sobre si mesmo – quem sou eu, em relação ao outro, trabalha a consciência pessoal o que afeta a construção da identidade. Quando nos referimos à socialização significa aprender a seguir regras e contribuir coletivamente, é´uma experiência de significado social. A criança apreende valores culturais, o que possibilitará se inserir no mundo como cidadã para futuramente estar inserida no mundo do trabalho e na sociedade. (O SER HUMANO E´UM SER SOCIAL).

    Lembro-me da experiência do Iraque, na escola internacional BIS, que demonstra isso claramente. Não era preciso dizer NADA sobre diversidade. Da experiência de conviver com outras culturas eram construídos valores de tolerância ao diferente, de compreender que há lógicas diferentes no mundo.
    Da mesma forma a experiência escolar (qualquer escola) ensina a viver em sociedade. O que a experiência familiar não ensina (pelo contrário). Na escola somos “mais um”, e´o espaço da democracia do coletivo e do respeito às diferenças, as regras. Aprendemos a utilizar o espaço social. Nem a elite brasileira tem consciência disso e infelizmente não valoriza a escola como deveria. Aprende-se a aprender.

    Com o ensino de baixa qualidade infeizmente não sei se atinge esse objetivo. O problema que temos hoje na escola não e´o atraso escolar, e´ sem dúvida a violência na escola. Professores mal pagos, alunos agressivos…são inúmeros casos que escuto da atitude agressiva dos professores com os alunos em escloas públicas….A escola não pode ser um espaço de violência.

    Quando o ensino (e as relações) são de qualidade isso e´maravilhoso!

    No para casa da Yasmin – minha filha e sua neta – constavam as seguintes perguntas:

    O que você pode fazer para cuidar bem da sua escola?
    E da sua casa?
    E da sua cidade?
    Quais os valores sua família ensina?
    cite 3. Ela respondeu:
    A falar sim e falar não.
    A ser educada com as pessoas.
    A tratar bem as pessoas.
    Viva a escola!
    Um grande abraço com admiração
    da sua filha
    Thaís

  9. Falou a psicóloga que trabalha, exatamente, na área educacional! Sabia que seu comentário seria cortante. Obrigado pela contribuição. Beijo.

  10. Fidêncio deixei muita gente opinar sobre seu artigo para verificar se meu entendimento em dualidade não seria incoerente. Creio que não. Muito bem relatado convencedor o teu ponto de vista da chamado ” BOLÇA FAMÍLHA “.
    Muito gratificante voltar na história para explicar as causas da fome em nosso contexto social. Sem dúvida bem escrito, sucinto e convencedor.Até mesmo um direitista de sangue como eu estou convicta de que é a grande chance de melhorar o Brasil . A começar que a criança mal alimentada não desenvolve o aprendizado, tem sequelas de concentração e aparente desvio de conduta , justificável, qualquer projeto de erradicação da fome, do analfabetismo é de grande vália social. Só não louvo isso a politicagem nacional. Acho que isso vem de exemplos administrativos internacionais e privados. O que peca é a fatal administração pública que não é capaz de faze-lo sem levar parte para seus bolços. Falta o correspondente contrapartida. Alimentar o corpo tão somente não basta. Este instrumento Bolça seja qual for ela no BRASIL não tem administração ética com eficácia de bem distribui-las. Temos em nosso arredores conhecimento legítimo de mães que veem receber tais recursos e voltam para suas moradias entorpecidas de alcool ou sei lá do que mais. Lamentávelmente os pequenos donos legítimos destes recursos, recebem mal e porcamente macarrão, óleo e sal .É sabido que o objetivo alimentar a família, é trocado por cachaça, conhaque e já se sabe entorpecentes,.Mesmo assim não sou contra o projeto, e nem o progresso mas haja bom censo. Sim acredito que as crianças que veem suas “BOLÇAS COMIDAS” detonadas em desvio de seus próprios pais, no futuro não farão isso com seus filhos. Sim lembraram com certeza das lástimas passadas e destinarão com personalidade tal recurso ao legítimos donos ” A FAMILHA” .Assim sendo a próxima geração consciente, destinará a alimentar seus filhos. Parabéns…muito convencedor seu artigo. bjbj Mércia Maciel de Freitas.

  11. Meu prezado Fidêncio
    Sempre soube de sua capacidade de análise, de sua criatividade, do violeiro, do engenheiro calculista que é e do “elemento bom de curriola”, nos dizeres ouropretanos.
    Do escritor tomei conhecimento ao ler Mãe África e, agora, ao ler seu artigo
    supra referenciado, percebo sua clara lucidez.
    Além de sua análise profunda do tema, descobri coisas. O porque da mineirice, o sincretismo religioso dos baianos e a descontração do carioca.
    Fiquei feliz ao descobrir de onde veio as afirmações de um ex-professor, sem capacidade para tal reflexão, que nos falava da expansão do conhecimento e de seu encontro com superfície muito maior do desconhecido. Salve Einstein!
    Usando sua comunicação, pelo Facebook, com minha querida Imá, lhe enviei uma resposta incrédula em relação a este governo que aí está e ao futuro incerto de nossa querida pátria. Fui duro na minha sugestão aos políticos e à presidente, sugerindo-lhes um lugar ir, mas aquela era minha opinião sincera.
    De resto, acrescento: enquanto o governo trocar migalhas por voto, lamentavelmente, seremos um povo de periferia, escravizado pela falta de educação.
    Um forte abraço.
    Fontenelle

  12. Fidencio Maciel disse:

    Fontenelle, obrigado pela leitura e pela opinião franca. Não me aborrece quando me criticam. Mas fico chateado quando não leem. Obrigado pela sua presença neste blog.

  13. Comentário deste autor.
    A revista VEJA de 30.10.2013 publicou matéria sobre educação, p. 122 e seguintes.
    Entrevista Dr. Richard Murnane, professor de pósgraduação de Havard.
    Segundo este, quatro ações devem ser tomadas para alfabetizar e promover a educação no mundo:
    1-Trazer o aluno à sala de aula;
    2-Trazer o professor à sala de aula e fazer com que ele se empenhe;
    3-Buscar a educação de qualidade;
    4-Montar um sistema educacional que ensine o aluno a estudar sozinho, ao longo da vida.
    No Brasil, o BOLSA FAMÍLIA deu o primeiro passo: conseguiu trazer o aluno à sala de aula.
    Mas, ainda não conseguimos fazer com que o professor compareça e se empenhe. Falta a valorização do professor que tem salário muito baixo.
    A busca da qualidade na educação somente virá com a qualificação do professor. Investir no professor. Seria a terceira etapa.
    A quarta etapa só vai ocorrer quando o sistema educacional, tendo cumprido as primeiras etapas, ensinar o aluno a aprender sozinho. Segundo Dr. Richard Murnane, esta etapa é fundamental para enfrentar um mundo em mudança, no qual profissões desaparecem e são criadas com o acelerado desenvolvimento tecnológico.

  14. ronaldo de andrade disse:

    Prezado Fidencio.

    Excelente artigo. parabéns.
    Abraço
    Ronaldo de Andrade

  15. Fidencio Maciel disse:

    Ronaldo de Andrade,
    o meu abraço mais afetuoso! Muito obrigado pela visita ao site.

  16. RAQUEL MORAES DE BRITO disse:

    Assunto polêmico. Concordo com seu ponto de vista.

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