A arte na minha formação

Ao longo da vida, por três vezes a arte arrombou-me as portas da mente reconfigurando-me os valores, com sua orientação divina e milenar.

Foi assim.

Ainda jovem, descobri Carlos Drummond de Andrade1. Eu era menos compreensivo e menos tolerante. Dificilmente aceitava os erros humanos. E esta maneira de ser me trazia enorme angústia, pois o homem mais erra do que acerta.

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2 respostas para A arte na minha formação

  1. Christine Rocha disse:

    Fidêncio,
    Para mim, que tenho a arte como paixão e profissão, ouvir o seu relato foi gratificante.
    É muito bom que pessoas fora do círculo artístico, manifestem suas impressões sobre o contacto com essa manifestação genuína do espírito humano. Tão antiga e tão incompreendida, a arte, por sua enorme gama de significados, muitas vezes, ainda é vista não mais como um efeito decorativo ou meio de entretenimento. Mas quando alguém absorve sua verdadeira essência, percebe que arte é muito que isto ela faz seu papel e provoca muito mais que encantamento visual. Por isso, caro escritor, agradeço-lhe imensamente, pelo testemunho tão raro, belo e verdadeiro, sobre arte. Que tenhamos mais oportunidades de ler sobre este assunto em seus textos.
    Christine Rocha

  2. Christine,
    muito obrigado pelo comentário tão rico. Vê-se claramente a incompreensão explicita aos artistas e à arte, de um modo geral. No Brasil, o nível cultural é tão baixo que elegemos um analfabeto à Presidência, num verdadeiro e genuìno culto à ignorância. Por sermos um país de iletrados, que mal desenham o nome, somos tambem uma nação de péssimas escolhas: péssimos representantes, péssimos governadores, péssimo CODIGO PENAL, péssimo sistema tributário, péssimas leis trabalhistas, péssimas estradas, precisa mais? Em 1889, o Marechal Deodoro proclamou a República forçado pelas forças armadas. Deixou escrito: “a República vai ser uma desgraça. O povo brasileiro não possui educação nem respeito para ser republicano. Ruim com a monarquia, pior sem ela”.
    Estas palavras estão no livro do escritor Laurentino Gomes, “1889”, lançado em 2013. É impossível entre analfabetos construir instituições que funcionem. Impossível a cultura, a arte e o saber.

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